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O unicórnio, o cartomante e o poeta

Atualizado: 2 de set. de 2019

Em poesia visceral e musical, Juca Xavier retraça o processo em que se descobriu homem trans.



Tatuagem de Ana Maciel que compõe a capa de #transvivo

Suingue da sapataria ao Portal Plutônico

Juca Xavier é carioca, mas vive em Florianópolis, Ilha da Magia. Entre 2015 e 2018, propôs-se a recuperar não apenas o gosto pela escrita - em produções "que vêm de uma vez" -, mas também os estudos em bruxaria, cartomancia e astrologia.


Da persona @unicorniocartomante, surgem poemas como "Lições de Saturno em Sagitário", "Espelho escorpiano" e "Portal Plutônico", cuja leitura não nega o suingue.


O poema "Fui na sapataria" pode sugerir ritmo batucado e há textos deste processo que já nasceram com melodia própria - pode-se ouvir sua versão cantada pelos rincões da internet.


#transvivo e o ciclo infindável da autodescoberta


Da coletânea à concepção de um livro de estreia, nada foi por acaso. #transvivo, publicado pela #palavracrua, reorganiza a história de um corpo em transição, sem, com isso, pretender traçar cronologias ou recuperar linearidades.


São momentos, orientados por doze partes, que conversam entre si e carregam a leitura. Entre referências musicais, espirituais e a forte #críticasocial, o próprio espelho escorpiano apresenta um menino que grita "vamos fugir e nos fundir", enquanto a disforia vira "amiga íntima."


No que diz respeito à autodescoberta, é difícil ler #transvivo esperando o sofrimento dignificante dos excluídos, respostas pré-programadas ou uma história de superação.


Para além de qualquer lugar comum, Juca propõe tão somente que "um dia tudo se transforma" e que, de preferência, haja "um amor para recomeçar" quando chegarmos ao fim de cada ciclo.



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